Canal de comunicação com os leitores:

Este blog foi criado em 02 de dezembro de 2009,
como suporte aos meus alunos, contudo, estou aposentada desde 10 de março de 2012, sem atividade de ensino, não tendo mais interesse de desenvolver alguns assuntos aqui postados. Continuo com o blog porque hoje está com > 237.000 visitantes de diversos lugares do mundo. Bem-vindo ao nosso ambiente virtual. Retorne com comentários e perguntas: lucitojal@gmail.com.
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São muitas as postagens, cerca de 400, veja a lista de marcadores no lado direito do blog.

Falo sobre composição, valor nutritivo dos alimentos e biodisponibilidade dos nutrientes. Interações entre nutrientes: reação de Maillard e outras reações com proteínas, principalmente AGEs (Advanced Glycation End Products) e a relação desses compostos com as doenças crônicas: Diabetes, Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares entre outras. Atualmente, dedico-me mais ao conhecimento dos AGEs (glicação das proteínas dos alimentos e in vivo).

"Os AGEs (produtos de glicação) atacam praticamente todas as partes do corpo. É como se tivéssemos uma infecção de baixo grau, tendendo a agravar as células do sistema imunológico. O caminho com menos AGEs; escapa da epidemiologia dos excessos de alimentação" disse Vlassara. http://theage-lessway.com/

ATENÇÃO: A sigla AGEs não significa ácidos graxos essenciais.

Consulte também o http://lucitojalseara.blogspot.com/ Alimentos: Produtos da glicação avançada (AGEs) e Doenças crônicas.

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

375- Glicação como um fator de risco para o envelhecimento


Na formação de AGEs, que é uma reação não enzimática a partir de dicarbonilas e grupamento amina das proteínas, pode, anteriormente, ocorrer reações enzimáticas para a formação dos compostos dicarbonílicos: tais como, Glioxal, Glicoaldeído, Metilglioxal e 3-deoxiglicosona. 
Isto pode ser observado na figura acima, quando os AGEs: CML, CEL, MOLD, GOLD, CMA, GA-piridina, MG-imidazolona, Argpirimidina, Pirralina, 3DG-imidazolona, etc, são formados a partir dos aldeídos citados acima.
Em alguns casos, a glicação está envolvida não somente com a glicose, mas também com compostos formados pela glicação por outros compostos já formados por glicoxidação. A partir da glicose, a via não oxidativa pode gerar a pirralina; na via oxidativa pode gerar a pentosidina e N-6-carboximetilisina (Niwa, 1999).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

373- Centenário da descoberta da reação de Maillard até os AGEs


Centenário da descoberta da reação de Maillard, que hoje tem um interesse cada vez maior devido ao seu impacto sobre questões de atratividade de alimentos e saúde em geral.
Economicamente, o impacto da reação de Maillard é crucial para as ciências médicas, bem como para as indústrias alimentar e farmacêutica.
A ainda há muito a ser descoberto sobre a química de produtos de Maillard e seus efeitos sobre alimentação e saúde.
A combinação de todos estes aspectos irão fazer parte da reunião deste ano do Simpósio Internacional sobre a reação de Maillard nos campos da medicina e aplicações em alimentos.
Nancy, September 16 -20, 2012



A reação que ocorre no processo de Maillard difere de outros dois processos de escurecimento não enzimático, aquele conhecido como caramelização, em que ocorre a desidratação, condensação e polimerização do carboidrato, e a degradação do ácido ascórbico a ácido dehidroascórbico, ambos levando à formação de polímeros escuros, sem o envolvimento de nitrogênio e, portanto, de proteínas. 
Na figura acima podemos ver a glicação proteica, conhecida como Reação de Maillard, ocorrendo entre açúcares redutores e grupos amino livres da proteína, via adição nucleofílica, formando bases de Shiff. Essas bases são rearranjadas para uma forma mais estável e essencialmente irreversível, chamada de produtos de Amadori. Durante esta reorganização, grupos intermediários carbonila são acumulados. Estes compostos são conhecidos como alfa-dicarbonilas ou oxaldeídos, incluindo a 3-deoxiglicosona e metilglioxal (Baynes e Thorpe, 1999). As alfa-dicarbonilas tem a habilidade de reagir com grupos amino, sulfidrila e guanidina em proteínas (Lo et al., 1994;  Frye et al., 1998). As alfa-dicarbonilas podem também reagir com grupos lisina e arginina de proteínas, formando compostos estáveis como os aductos N-(carboximetil)lisina (Basta et al., 2008).
Devido à heterogeneidade das estruturas formadas, denominadas AGEs, podem ocorrer formação de ligações cruzadas. As proteínas afetadas por este processo, geralmente, são estáveis e de longa vida como o colágeno. A formação das ligações cruzadas induzida por ligações de AGEs aumenta a rigidez da matriz proteica, impedindo seu funcionamento, bem como aumenta a resistência à remoção por processos proteolíticos, afetando o processo de reposição tecidual. Esses processos permitem o avançar do envelhecimento e aceleram as doenças relacionadas a idade (Paul e Bailey, 1999).


quinta-feira, 24 de maio de 2012

363- Reação de Maillard e caramelização

Passos iniciais para a formação de AGEs e outras alterações de proteínas.

Quanto maior o calor e mais longo o tempo de cocção, de aquecimento, maior a formação de AGEs.

Aquecimento e secagem são usados ​​como meio de preservação, transporte e aumento da vida de prateleira dos alimentos, além da  criação de alimentos saborosos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

domingo, 26 de dezembro de 2010

Olá leitores, como passaram o Natal?
Encontrei agora este artigo embora datado de 2007, está em Português e retrata bem os Produtos da Glicação avançada. Coloco o link abaixo, para apreciação de todos.

Júnior, Hernani Pinto de Lemos; Lemos, André Luis Alves de. A reação de Maillard à mesa: mais um vilão para a sua saúde? Diagn. Tratamento. 2007;12(4)out.-dez:171-3.

Local onde foi produzido o manuscrito: Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências da Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp — EPM), Centro Cochrane do Brasil.
Endereço para correspondência:
Centro Cochrane do Brasil
Rua Pedro de Toledo, 598 — Vila Clementino
São Paulo (SP) — CEP 04039-001
Tel./Fax. (11) 5575-2970 — (11) 55790469 
E-mail: cochrane.dmed@epm.br 

Encontramos também a dissertação, cujo link está abaixo:
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25080/000751591.pdf?sequence=1
Trata-se de um trabalho de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

289- Reação de Maillard Interface entre o Envelhecimento, Nutrição e Metabolismo

Em setembro de 2009, foi realizada uma reunião em Palm Cove, Austrália, que reuniu especialistas mundiais sobre reação de Maillard ou "escurecimento".
Essa reação faz com que o escurecimento dos alimentos quando são aquecidos e a formação de caramelo, chocolate e cerveja, torna-se apetitoso, contribuindo para sabor, aroma e textura. Mas quando esses produtos se acumulam no organismo, este mesmo processo contribui para o envelhecimento e para a doença. 
O resultado desta reunião foi colocado em um livro, realizada em resposta a um crescente reconhecimento do papel de compostos carbonílicos reativos na tecnologia de alimentos, nutrição e envelhecimento dos tecidos em biologia e medicina. Carbonilas reativas agora afetam todos os aspectos da biologia alimentar, ciência e medicina. Os esforços para neutralizar os danos causados por estes produtos estão a ganhar aceitação como base para novas abordagens terapêuticas, e os campos de tecnologia de alimentos, envelhecimento e medicina preventiva estão experimentando um aumento do interesse em estratégias para minimizar os efeitos indesejáveis da reação de Maillard. A reunião também promoveu uma abordagem equilibrada para o entendimento de ambas as propriedades vantajosas e deletérios de compostos carbonílicos e seus produtos finais na tecnologia de alimentos, ciências e medicina. O público principal deste livro é a grande quantidade de cientistas e indústrias em todo o mundo com um interesse na reação de Maillard nos alimentos e da biologia e da medicina, tanto pesquisadores de ciências básicas e aplicadas e representantes da indústria de diversas áreas, que têm interesses em:
* Química da Reação de Maillard
* Biologia ea reação de Maillard
* Enzimologia Receptores e transdução de sinais
* Bioinformática e Biologia de Sistemas
* Fisiologia da doença, e Terapêutica
* Ciência Alimentar e Nutrição ea reação de Maillard
Informação sobre o autor
Thomas Christopher Merlin está no  IDI Baker e Diabetes Instituto do coração, em Melbourne, na Austrália.

Forbes Josephine está no  IDI Baker Instituto do coração e no Instituto de Diabetes, em Melbourne, na Austrália.
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"Dentre as várias teorias sobre as causas do envelhecimento, a teoria da glicação se destaca porque envolve a questão da modificação do metabolismo ao alterar de forma muito permanente as proteínas do organismo."

A glicação pode ser conceituada como um processo bioquímico que ocorre quando um composto dicarbonil adere a uma molécula de proteína, como por exemplo, o colágeno, sem a influência de enzimas. Esse processo modifica a estrutura da proteína, provocando alterações profundas nas suas funções,tornando as células rígidas e disfuncionais, pois o produto final não volta ao estado anterior.

domingo, 7 de março de 2010

43- Reação de Maillard

















Gregory Möller, Ph.D.
University of Idaho
Toxicants Formed During
Food Processing
Aderson de F. Dias. A Reação de Maillard nos Alimentos e Medicamentos, 2009


A reação de Maillard causa o maior impacto sobre as propriedades sensoriais e nutricionais. Esta reação ocorre não apenas em alimentos durante o processamento, mas também em sistemas biológicos.
A reação de Maillard conhecida por provocar o escurecimento não enzimático, em virtude dos produtos finais, ou seja, as melanoidinas serem de cor marrom.
Dentro desta nomenclatura de escurecimento não enzimático, ainda temos a caramelização (na ausência de grupos amino), as interações entre quinonas com aminas e aminoácidos, os lipídios oxidados e proteínas, os derivados de açúcares e ácido ascórbico oxidado com aminoácidos e proteínas.
Já o escurecimento enzimático, por exemplo, a oxidação de polifenóis a quinonas, na ausência de proteínas, ocorre por meio de enzimas.
Nos alimentos temos alguns açúcares que reagem com os grupos aminas de aminoácidos e proteínas, por ex.: A ribose em carnes; a lactose nos laticínios, a maltose nos cereais. Quando se trata de sacarose deve ser observado que esta se hidrolisa facilmente a glicose e frutose.

Assim, entre os carboidratos mais reativos temos:

Triose>tetrose>pentose>hexose>dissacarídeos
derivados a dicaronil>Aldose>cetose>áçucares redutores>oxalácidos

A protonação do grupo carbonil aumenta sua reatividade com agentes nucleofílicos, enquanto a do grupo amina diminui a reatividade.

Máxima atividade em pH pouco ácido com aminas
Máxima em pH pouco alcalino com aminoácidos.

O grupo amino que se liga a estas carbonilas é o epslon -e- amino grupo da lisina, o grupo guanidil da arginina e o tiol da cisteína.
Assim o grupo amino não protonado ao carbono eletrônico liga-se a amina formando glicosilamina ou carbonilamina - ocorre desidratação da imina - Produto de Amadori
As iminas também são hidrolisadas a glicoaldeído que é oxidada a glioxal.
Os aminoácidos que tem enxofre e grupos aromáticos são transformados em diferentes compostos heterocíclicos.
Aldeído - cetosamina - Produtos de Amadori
Cetonas - aldosaminas - Produtos de Heyns
Desta forma Pirrois, Pirazinas (formadas pelos dimerização de cetosaminas)
Cisteína da derivados de tiol responsável pelo aroma de carnes assadas e cozidas.

Degradação de Strecker degradação de açúcares com aminoácidos - alfa dicarbonila, quebra de aminoácidos a aldeídos, amônia e CO2

Energia de ativação de 10 a 160 Kj/mol
Velocidade Aw de 0,3 a 0,7; baixa Aw reação lenta, máximo em 0,7, além disso a concentração de reagentes é baixa, diminui a velocidade da reação.
A velocidade da reação aumenta com o aumento do pH, contudo é máxima em meio levemente alcalino.
O escurecimento é inibido pelo CO2 e sulfitos, que reagem com aldeído e cetona diminui sua reatividade.
Fórmulas enterais líquidas ou em pó a disponibilidade de lisina diminui 25%.
O leite condensado escurece a temperatura ambiente.
O marcador para a reação de Maillard pode ser a Furosina e a CML.

Na etapa inicial da reação de Maillard, a glicose reage com uma amina para formar a base de Schiff, a qual se rearranja formando o produto de Amadori ou Heyns. A base de Schiff é muito susceptível à oxidação e produção de radicais livres, o que leva à formação de oxaldeidos, glioxal e metilglioxal, ou seja, a assim chamada rota de Namiki da reação de Maillard. Esta forma da glicoxidação também pode provir da autoxidação da glicose catalisada por metais, que leva à formação de glioxal e arabinose.
Por ser reativo, o produto de Amadori reage com vários dos diversos intermediários que se formam na cadeia de reações que tem lugar a seguir e cada uma das novas moléculas formadas por sua vez se condensam com outros compostos numa vasta rede de combinações, cada qual dependendo das condições precisas encontradas no meio.
A glicação protéica (conhecida como Reação de Maillard) ocorrendo entre açucares redutores e grupos amino livres das proteínas, via adição nucleofílica, formando bases de Schiff. Essas bases são rearranjadas para uma forma mais estável e essencialmente irreversível, chamada de produtos de Amadori. Durante esta reorganização, grupos intermediários carbonila são acumulados. Estes compostos são conhecidos como a-dicarbonila ou oxoaldeídos, incluindo a 3-deoxiglicosona e o metilglioxal (Baynes e Thorpe, 1999). As a-dicarbonilas têm a habilidade de reagir com grupos amino, sulfidrila e guanidina em proteínas (Lo et al., 1994; Frye et al., 1998). As a-dicarbonilas podem também reagir com grupos lisina e arginina de proteínas, formando compostos estáveis como os aductos N-e (carboximetil)lisina(Basta, 2008).

A segunda fase reúne pelo menos quatro formas de degradação dos produtos resultantes desses rearranjos. Eles dependem do substrato e constituem, eles próprios, um conjunto complexo de desidratação, eliminações, ciclização, fragmentações ... levando a um pool de moléculas de compostos intermédios e de sabor.

A terceira etapa corresponde à formação dos pigmentos, muitas vezes chamado de Melanoidinas. A produção de moléculas aromáticas aparece na seqüência reacional e corresponde a espécies químicas, tais como o hydroximetilfurfural, dihidropiranonas, furanonas, piruvaldeido ou dimetilpirazina.


Em termos nominais, a reação de Maillard consiste numa condensação entre a função carbonila (C=O) de um açúcar redutor, como a glicose e o grupo –NH2 (ou amina de um aminoácido, peptídeo ou uma proteína) de uma amina biológica (freqüentemente o grupo ε-amina da lisina de uma proteína é o mais reativo dos aminoácidos seguido da glicina, do triptofano e da tirosina), formando um produto de condensação (imina ou base de Schiff). É a forma aberta que reage com grupos amina de aminoácidos e proteínas presentes nos alimentos. Logo que o grupo aldeído reage, o equilíbrio se desloca para formar mais D-glicose de cadeia aberta, que continua reagindo até o consumo total dos reagentes. Uma série de reações tem lugar a seguir, incluindo ciclizações, desidratações, retro-aldolizações, rearranjos, isomerizações e mais condensações culminando com a formação de polímeros castanhos nitrogenados conhecidos como melanoidinas.

Aldeídos voláteis que desempenham um importante papel no aroma do chá preto, do cacao fermentado ou torrado, no buquet do vinho e do café é formado parcialmente pela degradação de Strecker de aminoácidos.

Nos alimentos, estas reações são necessários (e controlada), com o objetivo de melhorar as qualidades sensoriais de certos (alimentos à base de carne assada, batata frita crosta do pão, o café torrefeita ...). Em certos casos, considera-se que os efeitos são desfavoráveis (bronzeamento na altura do aquecimento marcado de leite ou de xaropes e sucos de frutas, ou na hora da secagem do leite em pó, a carne ou peixe refeições). Pode-se notar que essas reações, acelerada pelo calor, estão associados a tratamentos térmicos de alimentos (pasteurização, esterilização, secagem, cozinhar ...)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

33- Reação de Maillard, Degradação de Strecker e formação de ligações cruzadas







Aderson de F. Dias. A Reação de Maillard nos Alimentos e Medicamentos, 2009

Na reação de Maillard ocorre:
Perda de calorias, de aminoácidos, de proteínas, de valor biológico. Aminoácido mais afetado é a lisina.
Estas alterações vão acarretar:
a) Diminuição da digestibilidade e solubilidade de proteínas
b) Diminuição da disponibilidade biológica de aminoácidos, particularmente a lisina.
c) Acúmulo de produtos de degradação que poderão interferir com a fisiologia normal dos seres vivos que os assimilam.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

31- Maillard Reaction


Gregory Möller, Ph.D.
University of Idaho
Toxicants Formed During
Food Processing


http://www.youtube.com/watch?v=aNjNLbGRmhg

Observe a diferença entre caramelização e reação de Maillard, os compostos formadores, temperatura utilizada na caramelização, etc. A reação de Maillard e a oxidação lipídica são as duas reações que mais ocorrem durante o processamento dos alimentos. Ela ocorre em todos os tecidos e fluidos corporais.
Em 1912, o francês Louis-Camille Maillard misturou 1 parte do aminoácido glicina com 4 partes de glicose, adicionou 4 partes de água e aqueceu no “banho maria” por dez minutos. A mistura tornou-se amarela, acelerando para tons de marron-escuros e finalmente o líquido começou a espumar pela liberação de CO2 proveniente da decomposição do aminoácido. Generalizando, ao aquecer grupamento amina de aminoácidos, fosfolipídeos (fosfatidiletanolamina e fosfatidilserina) e guanil nucleotídeos do DNA, com substratos carbonílicos, como açúcares redutores, uma quantidade inimaginável de compostos são produzidos, os quais dão aspectos positivos nas propriedades organolépticas, ou seja, na cor, odor, aroma e textura dos alimentos, contudo alteram a biodisponibilidade de aminoácidos, com perda de aminoácidos essenciais e a geração de substâncias mutagênicas, cancerígenas e dos chamados “Produtos finais da glicação avançada", que contribuem em muitas doenças do envelhecimento, incluindo doenças vasculares (tais como aterosclerose, hipertensão pulmonar e baixa circulação capilar), doenças renais, enrijecimento das juntas e da pele, catarata, retinopatia diabética, neuropatia, Doença de Alzheimer, incontinência urinária, cardiomiopatias e diabetes mellitus (Dias, 2009).



Veja a diferença de pH e tempo na formação de produtos da reação de Maillard. A carmelização foi formada aquecendo água e açúcar a 170°C. Por este aquecimento houve o desdobramento da sacarose em frutose e glicose que podem ser substrato da Reação de Maillard. Já em outro experimento aquecendo cebola e carne foi formada a reação de Maillard.


Neste experimento, observa-se simplesmente o aquecimento da cebola com bicarbonato de sódio, isto é, em pH ligeiramente alcalino e sem bicarbonato, em diferentes espaços de tempo, 2, 4, 6, 8 e 11 minutos. Mostrando o escurecimento mais rápido, pelo aquecimento em presença de bicarbonato, e a coloração mais intensa a medida do maior espaço de tempo de aquecimento.

Recordando as estruturas de uma proteina e a denaturação protéica, que facilita a ligação com os compostos carbonilas de um açúcar ou de um glioxal e um metilglioxal.


A proteína nativa é mantida por um delicado balanço de forças não covalentes, como pontes de hidrogênio, pareamento de íons, interações hidrofóbicas e força de van der Waals. Com o aumento da temperatura, essas interações são rompidas e a proteína se desdobra. O grau de desdobramento de uma proteína pode ser observado por colorimetria, fluorescência, espectroscopia, viscosidade e migração. Algumas proteínas recuperam sua conformação ativa após o resfriamento, porém, para a maioria, a desnaturação é irreversível. As proteínas desenroladas formam estruturas dispersas que podem se agregar. Essa agregação ocorre quando resíduos hidrofóbicos, que normalmente ficam no interior da molécula nativa e são expostos ao solvente, em conseqüência do desenrolamento, interagem com outros resíduos hidrofóbicos de outras cadeias desenroladas.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

12- INTERNATIONAL MAILLARD REACTION SOCIETY (IMARS)

http://www.imars.org/online/?page_id=109

Fundada em 2005, o International MAILLARD reação da sociedade (iMARS) é uma crescente organização sem fins lucrativos, composta por pesquisadores e clínicos com interesse no domínio das reações carbonilamina em alimentos, biologia e medicina . IMARS é afiliado com o francês Louis Camille Maillard Association e outras organizações.

http://www2.warwick.ac.uk/fac/med/research/csri/proteindamage/researchinterest/advancedglycationendproducts/involvementindisease/

Participação em doença [c]
Produtos finais da glicação avançada dentro.

Complicações do diabetes e do diabético
Insuficiência Renal
Doença macrovascular
Doença de Alzheimer
Outros Exposures fisiológicos - comendo e fumando


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

4- Livro Reação de Maillard nos alimentos e medicamentos- 2009

Pode ser baixado da internet nos endereços abaixo. O livro está escrito em português.
http://www.scribd.com/doc/407299/ A-reacao-de-Maillard-nos-Alimentos-e-Medicamentos-2009-61pp
http://www.ebah.com.br/ A-reacao-de-maillard-nos-alimentos-e-medicamentos-pdf-a17890.html
http://www.ebah.com.br/busca.buscar.logic?q=rea%E7%E3o%20maillard

A Reação de Maillard nos Alimentos e Medicamentos Aderson de F. Dias, Ph. D. 2009 Aderson de F. Dias, Ph.D. A Reação de Maillard nos Alimentos e Medicamentos A Reação de Maillard nos Alimentos e Medicamentos 01 Introdução 02 A química da reação de Maillard 03 Formação do N Glicosídeo: Aldose/Cetose +Grupo amina 04 Rearranjo de Amadori 05 Degradação de Strecker 06 Formação da Acrilamida via degradação de Strecker da Metionina 07 Fluxograma da reação de Maillard 08 Melanoidinas de Maillard e Substâncias Húmicas 09 Reação intrínseca de Maillard em produtos farmacêuticos 10 Reação de Maillard no leite e derivados 11 Reação de Maillard no Café 12 Reações de Maillard no Colágeno do Cristalino 13 Inibidores da Reação de Maillard: promovendo a saúde 14 A estrutura química do aroma e do sabor dos alimentos 1 Aderson de F. Dias, Ph.D.