Canal de comunicação com os leitores:

Este blog foi criado em 02 de dezembro de 2009,
como suporte aos meus alunos, contudo, estou aposentada desde 10 de março de 2012, sem atividade de ensino, não tendo mais interesse de desenvolver alguns assuntos aqui postados. Continuo com o blog porque hoje está com > 237.000 visitantes de diversos lugares do mundo. Bem-vindo ao nosso ambiente virtual. Retorne com comentários e perguntas: lucitojal@gmail.com.
http://www.facebook.com/luci.tojaleseara

Tenho 17 vídeos no youtube: lucitojaleseara.

São muitas as postagens, cerca de 400, veja a lista de marcadores no lado direito do blog.

Falo sobre composição, valor nutritivo dos alimentos e biodisponibilidade dos nutrientes. Interações entre nutrientes: reação de Maillard e outras reações com proteínas, principalmente AGEs (Advanced Glycation End Products) e a relação desses compostos com as doenças crônicas: Diabetes, Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares entre outras. Atualmente, dedico-me mais ao conhecimento dos AGEs (glicação das proteínas dos alimentos e in vivo).

"Os AGEs (produtos de glicação) atacam praticamente todas as partes do corpo. É como se tivéssemos uma infecção de baixo grau, tendendo a agravar as células do sistema imunológico. O caminho com menos AGEs; escapa da epidemiologia dos excessos de alimentação" disse Vlassara. http://theage-lessway.com/

ATENÇÃO: A sigla AGEs não significa ácidos graxos essenciais.

Consulte também o http://lucitojalseara.blogspot.com/ Alimentos: Produtos da glicação avançada (AGEs) e Doenças crônicas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

279- Congresso Acadêmico - 18 a 23 de outubro de 2010


 Estude sempre e muito.

A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.
A pior maneira de não chegar a determinado lugar é pensar que já se está lá.
É importante perceber que o despertar depende de você.
Uma das armadilhas mais comuns da infelicidade é o adiantamento.
Felicidade é como dieta, todo mundo sabe o que tem de fazer para conseguir seu objetivo, mas a maioria não põe em prática esse conhecimento.
Roberto Shinyashiki

domingo, 19 de setembro de 2010

278- Tecnologia de fabricação dos derivados do leite

http://www.agais.com/telomc/b022_processamento_bovinoleite.pdf - PROCESSAMENTO DO LEITE www.fag.edu.br/.../Tecnologia%20de%20Alimentos/Introdu%25E7%25E3o%20a%20manteiga.doc -
Observar a quantidade de AGEs na manteiga e no queijo parmezão ralado, correlacionando com o processamento. Verificar a postagem 68:http://lucitojal.blogspot.com/2010/04/blog-post.html 



Marcadores químicos para avaliar as modificações de proteínas e lipídios alimentaresAlterações do leite de acordo com o processamento, leite pasteurizado, UHT, leite em pó. Além de AGEs encontra-se também Lisinoalanina.

277 - Tópicos a serem desenvolvidos na aula de carnes

Solicito desenvolver cada tópico abaixo. Utilizar a tabela da TACO para a obtenção dos dados de composição.
AULA DE CARNES
Objetivo geral
Com esta aula, o aluno deverá ser capaz de construir uma inter-relação entre os nutrientes e as possíveis perdas devido aos métodos de conservação e preparo, tornando-se possuidor do conhecimento do seu impacto na promoção e manutenção da saúde e recuperação da doença.

Composição das carnes:
·         Proteínas (identificar os aminoácidos e valor biológico)
·       Lipídeos (identificar os ácidos graxos e outros lipídios),
·         Carboidratos (identificar as possíveis origens)
·         Vitaminas (identificar todas as vitaminas não só as de maior quantidade) e
·         Minerais (identificar todas os minerais não só os de maior quantidade)
·         Diferenças entre os tipos de carnes (bovina, frango, peixe)
·         Importância do consumo de carnes na manutenção da saúde do indivíduo
. Métodos de conservação e preparo (industriais e domésticos)
. Reações durante processamento e conservação(Oxidação lipídica, aminas heterocíclicas, AGEs e reação de maillard)
. Repercussão do alimento processado na saúde.

Conclusão

276- Tópicos a serem desenvolvidos em Leite e derivados

Nutrientes fornecidos por 350 ml de leite integral para crianças de 1 a 3 anos de idade:




Solicito desenvolver cada tópico abaixo. Utilizar a tabela da TACO para a obtenção dos dados de composição.
Sistemas de alimentos- leite- "in natura" e processado: conceito, composição, classificação, valor nutritivo e biodisponibilidade; alterações, modificações e interações dos nutrientes, com sua repercussão no valor nutritivo; componentes funcionais; substâncias anti-nutricionais, tóxicas e protetoras.
LEITE
• Objetivo:
Compreender a importância do leite e seus derivados na alimentação humana, levando em consideração as particularidades de sua constituição química e o impacto dos métodos de conservação e preparo do mesmo, para que se possa garantir um aproveitamento adequado de seus componentes, buscando a manutenção da saúde e prevenção de doenças.
• Conceito:
“Secreção das glândulas mamárias dos mamíferos.”
“Produto integral da ordenha total e ininterrupta, em condições de higiene, da vaca leiteira em bom estado de saúde e alimentação, proveniente de estábulos inscritos e habilitados pelas autoridades sanitária bromatológica jurisdicional e sem aditivos de nenhuma espécie. O leite proveniente de outros animais deverá ser denominado com a espécie produtora”.
• Tipos de leite: - Leite humano - Leite de búfalo - Leite de cabra - Leite de ovelha
- Leite de vaca: * Integral * Desnatado * Semi-desnatado * Condensado * Desidratado (em pó)
• Classificação dos tipos de leite: A, B e C
• Composição do leite:
Lipídios:  o Composição em lipídios complexa, bem diferente dos demais grupos de alimentos. o Ácidos graxos de cadeia curta o Predominância de AG saturados aos insaturados. o Fosfolipídios o Colesterol
o Repercussões do perfil lipídico do leite o CLA o Importância do teor de gordura do leite para a indústria e para os consumidores.
Carboidratos:
o Formação da lactose o β-lactose: Componente principal o Formação de cristais o Lactose: açúcar redutor
Perfil lipídico – Leite de vaca integral
Lipídio Quant. (g) 12:0 (láurico) 0,06  14:0 (mirístico) 0,25  16:0 (palmítico) 0,71  18:0 (esteárico) 0,29  14:1 (Miristoléico) 0,01  16:1 (palmitoleico) 0,03  18:1 (oleico) 0,65  18:2 (linoleico) 0,04  18:3 (linolênico) 0,02  Colesterol (mg) 14

Ácidos graxos majoritários que constituem a gordura do leite de vaca:
Ac. Graxo Porcentagem em peso  4:0 (butirico) 3,6     6:0 (caproico) 2,2   8:0 (caprílico) 1,1   10:0 (cáprico) 1,9   12:0 (láurico) 3   14:0 (mirístico) 11,2   15:0 1,5   16:0 (palmítico) 25,2   18:0 (esteárico) 11,9   16:1 (palmitoleico) 1,8   18:1 (oléico) 25,5   18:2 (linoleico) 2,1
Ácido Linoleico Conjugado – CLA
Proteínas:

o Proteína de alto valor biológico com digestibilidade de 97% no adulto.
o A Caseína é um complexo de proteínas interagindo com o cálcio   - Caseína α   - Caseína β   - Caseína k
- Caseína γ
o As proteínas do soro tem maior valor biológico   - β-Lactoglobulina   - α-Lactalbumina   - Soralbumina bovina   - Imunoglobulinas   - Lactoferrina   - Transferrina
Minerais:
o Um dos poucos alimentos ricos em quantidade e variedade de minerais
- Cálcio, Ferro, Magnésio, Fósforo, Potássio, Sódio, Zinco, Cobre, Manganês e Selênio.
o O cálcio é o mais abundante e está numa forma facilmente assimilável pelo organismo.
Vitaminas:
o Contém vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis, mas não tão significante para atender as recomendações diárias
o Rico em Riboflavina, Vitamina A e Tiamina
o Relativamente pobre em Niacina e Ácido ascórbico
LEITE
PROCESSAMENTO: – PASTEURIZAÇÃO  – ESTERILIZAÇÃO  – ESTERILIZAÇÃO – UHT   – HOMOGENEIZAÇÃO   – FERMENTAÇÃO   – DESIDRATAÇÃO   – CONCENTRAÇÃO   – CONGELAMENTO   – FERVURA
REAÇÕES NÃO - ENZIMÁTICAS
 REAÇÃO DE MAILLARD    FORMAÇÃO DE AGE    FORMAÇÃO DE ACRILAMIDA    FORMAÇÃO DE AMINAS HETEROCÍCLICAS    FORMAÇÃO DE LISINOALANINA    FORMAÇÕ DE LIGAÇÕES ISOPEPTÍDICAS    OXIDAÇÃO DE LIPÍDIOS    OXIDAÇÃO DE AMINOÁCIDOS    DEGRADAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E ANTI-NUTRICIONAIS
– Lisinoalanina   – Nitrosamina
SUBSTÂNCIAS PROTETORAS
– Ácido Linoleico Conjugado – CLA   – Imunoglobulinas
ENZIMAS
– Lipase, Fosfatase alcalima, Oxidase de Grupos Sulfidrilos, Peroxidase, Protease, Catalase, Redutase.

domingo, 12 de setembro de 2010

275- Tabela de composição de alimentos 2010

A Tabela Taco 2010 deve manter uma composição similar aos anos anteriores, isso porque a alimentação dos brasileiros variou pouco. Esse recurso expressa os dados alimentícios de nosso país, demonstrando informações sobre segurança alimentar e controle de qualidade.
As informações da tabela servem de base para a saúde pública aplicar novas metas de combate as doenças, investindo na proposta de dietas alimentares saudáveis. Com a Tabela Brasileira de Composição Alimentar é possível avaliar quais nutrientes estão sendo ingeridos pela população em maiores quantidades, também é capaz de identificar déficits nutricionais
Tabela Taco 2010: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (UNICAMP).
Os dados presentes na tabela  baseiam-se em pesquisas feitas pela equipe de profissionais da UNICAMP, uma das maiores universidades públicas do Brasil. De um ano para o outro, os dados TACO podem sofrer pequenas variações, isso depende dos novos alimentos lançados no mercado. Acesse o site da UNICAMP e obtenha mais informações sobre a Tabela Taco 2010.
http://www.mundodastribos.com/tabela-taco-2010.html

Projeto TACO

O conhecimento da composição dos alimentos consumidos no Brasil é fundamental para o alcance da segurança alimentar no país. Tabelas de composição de alimentos são pilares básicos para educação nutricional, controle da qualidade e segurança dos alimentos, avaliação e adequação da ingestão de nutrientes de indivíduos ou populações. Por meio delas, autoridades de saúde pública podem estabelecer metas nutricionais e guias alimentares que levem a uma dieta mais saudável. Ao mesmo tempo que, forneçam subsídios aos pesquisadores de estudos epidemiológicos que relacionam a dieta com os riscos de doenças ou profissionais que necessitam destas informações para fins clínicos, estes dados podem orientar a agricultura e as indústrias de alimentos no desenvolvimento de novos produtos e apoiar políticas de proteção ao meio ambiente e da biodiversidade. São necessárias também para a rotulagem nutricional a fim de auxiliar consumidores na escolha dos alimentos. Adicionalmente, em um mercado altamente globalizado e competitivo, dados sobre composição de alimentos servem para incentivar a comercialização nacional e internacional de alimentos.
Dados sobre a composição de alimentos consumidos nas diferentes regiões do Brasil fornecem elementos básicos para ações de orientação nutricional baseada em princípios de desenvolvimento local e diversificação da alimentação, em contraposição à massificação de uma dieta monótona e desequilibrada.
Para evitar decisões ou conclusões equivocadas, as tabelas de composição de alimentos precisam ser confiáveis, atualizadas e o mais completas possíveis.
O projeto TACO (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos), coordenado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA) da UNICAMP e com financiamento do Ministério da Saúde – MS e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à FOME – MDS é uma iniciativa para proporcionar dados de um grande número de nutrientes em alimentos nacionais e regionais obtidos por meio de amostragem representativa e análises realizadas por laboratórios com competência analítica comprovada por estudos interlaboratoriais, segundo critérios internacionais.
Os avanços nas metodologias analíticas, o melhoramento genético tradicional ou moderno de vegetais e animais, as mudanças de hábito da população e os constantes lançamentos de novos produtos no mercado fazem com que a construção de um banco de dados seja um processo dinâmico e contínuo.



Tabela brasileira de composição de alimentos / NEPA-UNICAMP.- T113 Versão II. -- 2. ed. -- Campinas, SP: NEPA-UNICAMP, 2006. 113p.

sábado, 11 de setembro de 2010

274- Antimelanoma Activity of Apoptogenic Carbonyl Scavengers

Fig. -  Modelo de interferência de catadores de carbonila com modulação de sinalização de sobrevivência pelo estresse carbonílico endógeno nas células cancerosas. Espécies reativas carbonílicas -RCS do fluxoglicolítico aumentado estão emergindo levando a apoptose nas células cancerosas.  
 Espécies reativas carbonílicas (RCS) são importante pequenas moléculas endógena
moduladoras da proteína celular alvo, envolvidos na iniciação e execução de apoptose celular. 

O estresse carbonílico é um importante mecanismo de deterioração do tecido em diversas condições patológicas, como diabetes, aterosclerose, doença de Alzheimer e envelhecimento geral (Baynes e Thorpe, 2000; Ulrich e Cerami, 2001; Wondrak et al., 2002).
Recentemente, o estresse carbonílico celular mediada por espécies reativas de carbonila (RCS) endógena, tais como glioxal, metilglioxal (MG) e malondialdeído, tem sido implicado na proliferação de sinalização e metástase em muitos tumores humanos (Taguchi et al., 2000; Kuniyasu et al ., 2002), especialmente o melanoma (Sander et al., 2003; Abe et al., 2004; Wondrak et al., 2005). O estresse carbonílico resulta de um dano celular de proteína glicada por reação química espontânea entre RCS, tais como açúcares redutores e mais dicarbonílicos reativas, como a ligação protéica da arginina e resíduos de lisina (Thornalley, 2005). Derivados de proteína modificadas pelos RCS, chamado produtos finais da glicação avançada (AGEs), formados por reações químicas entre proteínas teciduais e RCS são abundantes no tecido melanoma, e os AGEs são potentes ligantes do receptor para produtos finais da glicação avançada, o receptor de membrana envolvidos na proliferação, invasão, e metástase de células de melanoma (Huttunen et al., 2002; Abe et al., 2004).

Além de estabelecer o papel de receptor de AGE de sinalização em muitos tumores humanos, crescente evidência suporta a hipótese de que o RCS, provenientes de células tumorais da glicólise e aumento do estresse oxidativo mitocondrial, são pequenas moléculas efetoras antiapoptoticas (Sakamoto et al. , 2002; Speer et al., 2003; Johans et al., 2005). O dicarbonil MG formas α-glicolíticas de triose fosfato pela eliminação espontânea (Thornalley, 1995), e os níveis de magnésio intracelular são elevados sob condições de fluxo glicolítico aumentado, tais como hiperglicemia (Shinohara et al., 1998) e glicólise aeróbica associada a malignidade de transformação (Kawase et al., 1996). MG é um potente agente glicante levando à modificação pós-resíduos de proteínas de-arginina e lisina com a formação de AGEs, como pirimidina-arginina (Shipanova et al., 1997), Ncarboxyethyllysine (Alves et al., 1997), e o hydroimidazolone Nδ- (5-hidro-5-metil-4-imidazolon-2-il) ornitina (Thornalley, 2005). Evidências recentes sugerem que a modificação covalente de resíduos de arginina por MG metas proteínas específicas envolvidos na apoptose, tais como transição de permeabilidade mitocondrial (MPT), as proteínas dos poros (Johans et al., 2005) e proteínas de choque térmico 27 (HSP 27) (Sakamoto et al. , 2002). MG modificação das proteínas dos poros MPT interfere com a abertura dos poros, inibindo o inchamento mitocondrial, a perda de potencial transmembrana, e posterior liberação dos fatores proapoptoticos como citocromo c e fator de indução de apoptose em resposta a estímulos apoptóticos, tais como alto Ca2 + e gangliosídeo GD3 (Speer et al., 2003; Johans et al., 2005). Em várias linhas de células cancerosas humanas, pós-traducional mediada arginina-pirimidina MG formação ocorre em um único resíduo de arginina de Hsp 27 com indução de Hsp 27 oligomerização essencial para a repressão do citocromo c-apoptossomo montagem mediada (Bruey et al., 2000) . Dada a participação de permeabilização da membrana mitocondrial e montagem apoptossomo subseqüente na ativação das caspases carrasco (Don e Hogg, 2004; Verde e Kroemer, 2004), estes resultados sugerem um papel de proteínas mediada pela modificação de RCS na sobrevivência antiapoptotica sinalização nas células cancerosas.

http://jpet.aspetjournals.org/content/316/2/805.full.pdf+html

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

273- Origem e significado de "stress carbonílico" a longo prazo, complicações urêmicas



Rotas para a formação e desintoxicação de compostos carbonílicos e produtos finais do estresse carbonílico.
O nível de estresse oxidativo é descrito como o equilíbrio entre a taxa global de formação de espécies reativas de oxigênio (K1 x [O2]) e a taxa de sua inativação por defesas antioxidantes (k2 x [O2] *).
O oxigênio pode reagir diretamente com a proteína (k3 x [O2] *x [proteína]) para formar as proteínas oxidadas que contêm carbonilas protéicas, hidroperóxidos de aminoácidos, ortho-tirosina, sulfóxido de metionina e outras modificações oxidativas de aminoácidos.
Espécies reativas de oxigênio também reage com substratos: carboidratos redutores, ácidos graxos poliinsaturados, ou aminoácidos (K4 x [O2]* x [substrato]) para produção de compostos carbonílicos reativos.
Compostos carbonílicos reativos também são formados por reações não-enzimática (K5:, por exemplo, 3 deoxiglucosona) e pelo metabolismo anaeróbico (K6:, por exemplo, metilglioxal).
Compostos carbonílicos reativos podem então ser detoxificado (K7 x [reativa compostos carbonílicos]) por uma variedade de vias metabólicas, incluindo desidrogenases, redutases, e a via da Glioxalase.
Por outro lado, compostos carbonílicos reativos irá reagir secundariamente com proteínas (K8 x [compostos carbonílicos reativos] x [proteína]) para formar proteínas modificadas pelos produtos finais do estresse carbonílico.
A concentração, de estáveis proteínas oxidadas e dos produtos finais do estresse carbonílico modificados por proteínas, depende do equilíbrio entre as suas taxas de formação (K3 e K8) e degradação (K9 e K10) em tecidos.
O aumento dos compostos carbonílicos reativos e dos produtos finais do estresse carbonílico modificados por proteínas em diabetes pode ser atribuído ao aumento da glicemia ([Substrato]) em constante [O2]* ou aumento das taxas de formação não-oxidativa de compostos carbonílicos reativos (K5 + K6).
O aumento de compostos reativos carbonílicos em uremia e o conseqüente aumento dos produtos finais de proteínas modificadas do estresse carbonílico parecem resultar de um aumento na sua produção (K4 + K5 + K6) e / ou uma diminuição na sua detoxificação (K7).

MIYATA Toshio, CHARLES DE VAN YPERSELE STRIHOU, Kiyoshi Kurokawa e W JOHN BAYNES. Alterations in nonenzymatic biochemistry in uremia: Origin and significance of "carbonyl stress" in long-term uremic complications. Kidney International (1999) 55, 389–399;

O estresse carbonílico stress é um importante mecanismo de deterioração do tecido em diversas condições patológicas, como diabetes, aterosclerose, doença de Alzheimer e envelhecimento geral (Baynes e Thorpe, 2000; Ulrich e Cerami, 2001; Wondrak et al., 2002).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

272 - Fumo e AGEs

A nicotina é seu principal composto ativo e juntamente com monóxido de carbono (CO) é responsável pelo vício e dependência químico-física.
Após sua inalação, reações químicas formam a carboxihemoglobina e as glicotoxinas, dificultando o transporte de O2 e a manutenção da homeostase sangüínea (10).

http://www.uscs.edu.br/revistasacademicas/revista/sau01.pdf
Ramos et al. Consumo de álcool e tabaco relacionado ao nível de atividade física em adultos jovens. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, nº 1, vol. 1, jan. / jun. 2003

271- Glicemia X Envelhecimento

Glicemia X Envelhecimento

Durante décadas, os cientistas procuraram descobrir as causas do envelhecimento prematuro. É ponto pacífico que o diabetes é uma forma reconhecida de aceleração do envelhecimento, o que constitui uma surpresa para muitas pessoas, inclusive eruditas. Vale registrar que a expectativa de vida para os diabéticos é de quatro a oito anos menos do que para os não-diabéticos. É ponto pacífico que o diabetes e o envelhecimento propriamente dito compartilham de dois processos lesivos que comprometem o organismo: a glicação, que produz danos estruturais na função das proteínas, ou seja, as pedras angulares que formam os órgãos e tecidos, e na produção do estresse oxidativo, que indica o aumento da atividade de radicais livres, que também danifica moléculas e tecidos. Aliás, muitos sinais e sintomas que ocorrem no diabetes também costumam ocorrer ao longo do envelhecimento, e que incluem as seguintes patologias: a) doenças cardiovasculares, tais como ataques cardíacos, falhas da circulação periférica nas pernas, arteriosclerose e aterosclerose nos vasos cerebrais; b) aumento da ocorrência de certos cânceres (pâncreas, cólon e fígado; problemas da visão, incluindo as cataratas, glaucoma e degeneração da mácula; c) disfunção erétil; presbiacusia ou dificuldade de audição dos idosos; perda de memória ou outros distúrbios cognitivos; perda da elasticidade e flexibilidade da pele e de outros tecidos. Ao saber que a glicação é uma das conseqüências mais graves do diabetes, muitos pacientes ficam surpresos e indagam se é alguma descoberta científica nova. A glicação é conhecida desde 1912 e as suas conseqüências têm sido estudadas com profundidade desde os anos 80 do século passado. Aliás, a glicação consiste em uma série de reações químicas não-enzimáticas, ou seja, que não necessitam enzimas para a sua ocorrência envolvendo a glicose, as proteínas e certos lipídios, e gerando substancias tóxicas denominadas de AGE, ou advanced glycation end products e ALE, ou advanced lipoxidation end products, segundo a terminologia internacional em inglês. Por falar nisso, quando fazemos torradas produzimos reações do tipo glicação que produzem a coloração escura da torrada aquecida em temperaturas elevadas. Isso também ocorre no preparo de batatas fritas e churrasco ou salmão preparado na grelha. Os níveis de AGE e ALE aumentam à medida em que progride o envelhecimento, e a pesquisa recente tem apontado o papel relevante das denominadas glicotoxinas, no envelhecimento, assim como nas doenças correlatas do diabetes, cardiopatias, doenças renais, câncer, doença de Alzheimer e neuropatias diabéticas. As denominadas glicotoxinas aumentam acentuadamente em pacientes portadores de glicemia alta na fase de síndrome metabólica com obesidade, e em pré-diabéticos e diabéticos. O acúmulo das glicotoxinas ocorrem nos glomérulos renais, levando à insuficiência renal, na retina que pode levar à cegueira e nas coronárias onde além de problemas agudos pode suscitar uma inflamação crônica, além de neuropatias afetando os nervos periféricos. Voltaremos ao assunto para discutir a prevenção e tratamento. Dr. Arnoldo Velloso.

270 - Óleo de côco

Trabalho brasileiro coordenado pelo Prof. Haroldo S Ferreira procurou demonstrar os efeitos do consumo de 30ml de óleo de côco extra virgem em mulheres (comparando com grupo que tomou 30ml de óleo de soja) e sua relação com medidas antropométricas e bioquímicas. Os resultados demonstraram perda de peso, redução do IMC, redução de colesterol e aumento do HDL no grupo que usou óleo de côco. Um dos pontos discutidos no trabalho foi que o óleo de côco conseguiu promovar maior liberação de insulina, o que realmente se vê em vários outros trabalhos que os ácidos graxos saturados, especialmente o ácido laurico (mais prevalente no côco), podem provocar este efeito. Detalhe: a dieta das participantes se tornou hipoglicídica com os óleos, portanto não foram os carboidratos que provocaram liberação da insulina. Um ponto importante a ser observado é que há trabalhos que mostram que os ácidos graxos de cadeia média podem aumentar o colesterol, porém a participação de compostos fenólicos do óleo de côco extra virgem podem ser determinantes nos efeitos positivos nos estudos em que o óleo é investigado. Ou seja, se for para consumir, tem que ser extravirgem, e não TCM puro ou leite de côco (pasteurizado), ou mesmo comer a “carne” do côco, que inclusive é rica em fibras. Importante também foi observar no trabalho que o grupo que usou óleo de soja teve redução significativa de HDL, o que está relacionado ao alto consumo de ácido graxos ômega-6 da soja. Outro fator fundamental, é que as moléculas de triacilgliceróis (triglicerídios) que são incorporadas nas células adiposas são pobres em gordura saturada de cadeia média, e estes ácidos graxos não necessitam de carnitina para serem oxidados nas mitocondrias, portanto se induz á perda de gordura e oxidação desta gordura, reduzindo o IMC e circunferência abdominal.

http://carinatafas.wordpress.com/category/alimentacao-funcional/