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Este blog foi criado em 02 de dezembro de 2009,
como suporte aos meus alunos, contudo, estou aposentada desde 10 de março de 2012, sem atividade de ensino, não tendo mais interesse de desenvolver alguns assuntos aqui postados. Continuo com o blog porque hoje está com > 237.000 visitantes de diversos lugares do mundo. Bem-vindo ao nosso ambiente virtual. Retorne com comentários e perguntas: lucitojal@gmail.com.
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São muitas as postagens, cerca de 400, veja a lista de marcadores no lado direito do blog.

Falo sobre composição, valor nutritivo dos alimentos e biodisponibilidade dos nutrientes. Interações entre nutrientes: reação de Maillard e outras reações com proteínas, principalmente AGEs (Advanced Glycation End Products) e a relação desses compostos com as doenças crônicas: Diabetes, Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares entre outras. Atualmente, dedico-me mais ao conhecimento dos AGEs (glicação das proteínas dos alimentos e in vivo).

"Os AGEs (produtos de glicação) atacam praticamente todas as partes do corpo. É como se tivéssemos uma infecção de baixo grau, tendendo a agravar as células do sistema imunológico. O caminho com menos AGEs; escapa da epidemiologia dos excessos de alimentação" disse Vlassara. http://theage-lessway.com/

ATENÇÃO: A sigla AGEs não significa ácidos graxos essenciais.

Consulte também o http://lucitojalseara.blogspot.com/ Alimentos: Produtos da glicação avançada (AGEs) e Doenças crônicas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

103- Carne vermelha e mortalidade

Um estudo divulgado no "Jama" (revista da Associação Médica Americana) aponta relação entre o consumo de carne vermelha e carnes processadas e maior número de mortes por câncer e problemas cardiovasculares. A pesquisa, uma das maiores já realizadas, analisou dados de 500 mil norteamericanos de 50 a 71 anos de idade.
Em dez anos de acompanhamento, morreram 47.976 homens e 23.276 mulheres. Para os pesquisadores, 11% das mortes em homens e 16% das mortes em mulheres poderiam ser adiadas se houvesse redução do consumo de carne vermelha para 9 g do produto a cada 1.000 calorias ingeridas -o grupo que mais ingeriu carne vermelha (68 g a cada 1.000 calorias) foi o que apresentou maior incidência de morte.
No caso das doenças cardiovasculares, a diminuição dos riscos chegaria a 21% nas mulheres se houvesse redução. "A carne processada tem mais sal e gordura saturada, o que aumenta chances de doenças cardiovasculares", diz Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista do Hospital do Coração.
Para o cardiologista Marcos Knobel, coordenador da unidade coronária do hospital Albert Einstein, além da gordura da carne, o problema é o preparo e os outros alimentos que são somados à refeição.
"Se a pessoa come um bife à milanesa ou um bife com ovo frito, já estourou de longe a cota de colesterol."
Além disso, ele alerta para os condimentos. "O sal aumenta o risco de hipertensão arterial sistêmica.
Se a carne for processada, é pior porque, além do sódio, geralmente tem óleos para a conservação."
Câncer
Os riscos de câncer estão principalmente relacionados à forma de preparação de qualquer tipo de carne. Sabe-se que, durante o cozimento em altas temperaturas, são formadas aminas heterocíclicas, substâncias reconhecidamente cancerígenas. As maiores temperaturas são atingidas ao grelhar na chapa e fritar com pouco óleo o alimento. Por esse motivo, indica-se a preparação no forno ou em um cozido.
O churrasco também traz perigo. Durante a preparação, a fumaça do carvão libera alcatrão e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, substâncias também cancerígenas. "A associação é feita principalmente com as carnes vermelhas, porque elas são preparadas mais frequentemente em churrasco ou na chapa", afirma Fábio Gomes, nutricionista do Inca (Instituto Nacional de Câncer).
Segundo o cirurgião oncológico Benedito Mauro Rossi, do Hospital A.C. Camargo, a relação entre consumo de carne e câncer está muito estabelecida, inclusive no Brasil. A distribuição geográfica do câncer do intestino, por exemplo, mostra que no Amapá, a incidência do tumor é de 1,51 caso por 100 mil habitantes, enquanto no Rio Grande do Sul, a terra do churrasco, a incidência é de 28,5 por 100 mil habitantes.
Outro mecanismo desencadeante de câncer seria o excesso de ferro no organismo, ocasionado pelo alto consumo de carne vermelha, importante fonte do mineral. Muito ferro pode causar danos oxidativos e agredir as células do intestino grosso, o que leva ao câncer.
Já as carnes processadas, como linguiças, charque e hambúrgueres, são conservadas com nitritos e nitratos, substâncias, que, no estômago, são transformadas em nitrosaminas, que aumentam as chances de ocorrer um câncer no estômago e no intestino. A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde)é de que a ingestão de carne (excluindo frango e peixe) não ultrapasse 300g por semana. Como a carne vermelha é boa fonte de ferro, é indicado aumentar o consumo de vegetais folhosos verde- escuro, também rico neste mineral.

JULLIANE SILVEIRA, CLÁUDIA COLLUCCI Reduzir carne vermelha diminui mortalidade. São Paulo, terça-feira, 24 de março de 2009.

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