SEARA, L.T. e, AXIOTES, V.L.G., QUEIJO FUNDIDO: BIODISPONIBILIDADE DE AMINOÁCIDOS- LISINA E METIONINA. CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO, 4. São Paulo, 1996.
Trabalho realizado na Faculdade de Nutrição /UFAL e Departamento de Nutrição/CCS/UFPE. Maceió, Al.
As diferentes condições de tempo, temperatura, pH, presença de oxigênio, atividade de água e compostos utilizados no processamento dos diversos tipos de queijo, propicia as reações cruzadas entre os aminoácidos, acarretando diminuição da biodisponibilidade destes e formação de substâncias antinutricionais. O queijo fundido pode ter como matéria prima, queijos que não alcançam a classificação ou são julgados impróprios para o consumo. Retirada a camada superficial, a matéria prima é submetida a trituração, adição de sais fundentes (2,5%) e cozimento (90°C/1 h), enformagem, resfriamento (5°C/20 h) e embalagem(Cry-o-vac). Para avaliar a biodisponibilidade de lisina e metionina no queijo fundido, foram analisados seis amostras de queijos (fundido, prato, coalho e requeijão do norte), produzidas em indústrias sob Inspeção Federal do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Controlados através de análises microbiológicas e de micotoxinas; o queijo fundido apresentou resultados compatíveis com a legislação, demonstrando que a temperatura e o tempo de aquecimento, foram suficientes para reduzir a carga microbiana. Os danos causados às proteínas, pelo processamento, foram observados através das perdas de lisina, por sua importância nutricional e ser o aminoácido mais danificado no processamento e estocagem dos alimentos e através das perdas de metionina, por ser limitante na caseína. A lisina disponível, foi determinada pela Reação de Sanger, baseada na reação do grupo épsilon-aminico da lisina com 1-fluoro-2,4, dinitrobenzeno (FDNB), e a Metionina disponível, baseada na reação com o nitroprussiato de sódio, segundo McCarthy e Sullivan, modificado por Tannembaum e cols. As amostras foram, previamente, desengorduradas com éter de petróleo, secas à 40°C e trituradas a 200 meshes. Os resultados referem-se às médias de três determinações. Dos resultados obtidos, os teores de lisina e metionina disponíveis, em g/g de N, foram respectivamente, para o queijo fundido: 0,30 ± 0,03 e 0,16 ± 0,01; para o queijo coalho: 0,57 ± 0,04 e 0,20 ± 0,01; para o queijo prato: 0,55 ± 0,04 e 0,19 ± 0,01; para o requeijão do norte: 0,52 ± 0,04 e 0,18± 0,01. No queijo de coalho, os teores de lisina e metionina estão dentro dos referidos pela FAO. Para verificar a existência ou não de diferenças significativas entre as amostras, foi efetuada a análise de variância (p<0,001)>
QUEIJO FUNDIDO - BIODISPONIBILIDADE DE AMINOÁCIDOS- LISINA E METIONINA
SEARA, L. T. e, AXIOTES, V. L. G.
Departamento de Nutrição /CSAU/UFAL e Departamento de Nutrição/CCS/UFPE.
INTRODUÇÃO
As diferentes condições de tempo, temperatura, pH, presença de oxigênio, atividade de água e compostos utilizados no processamento dos diversos tipos de queijo, propicia as reações cruzadas entre os aminoácidos, acarretando diminuição da biodisponibilidade destes e formação de substâncias antinutricionais.
O queijo fundido pode ter como matéria prima, queijos que não alcançam a classificação ou são julgados impróprios para o consumo. Retirada a camada superficial, a matéria prima é submetida a trituração, adição de sais fundentes (2,5%) e cozimento (90°C/1 h), enformagem, resfriamento (5°C/20 h) e embalagem(Cry-o-vac).
OBJETIVO
Avaliar a biodisponibilidade de lisina e metionina no queijo fundido.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram analisados seis amostras de queijos (fundido, prato, coalho e requeijão do norte), produzidas em indústrias sob Inspeção Federal do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária.
A lisina disponível, foi determinada pela Reação de Sanger, baseada na reação do grupo épsilon-aminico da lisina com 1-fluoro-2,4, dinitrobenzeno (FDNB), e a Metionina disponível, baseada na reação com o nitroprussiato de sódio, segundo McCarthy e Sullivan, modificado por Tannembaum e cols.
As amostras foram, previamente, desengorduradas com éter de petróleo, secas à 40°C e trituradas a 200 meshes.
Para verificar a existência ou não de diferenças significativas entre as amostras, foi efetuada a análise de variância (p<0,001)>
RESULTADOS
Controlados através de análises microbiológicas e de micotoxinas; o queijo fundido apresentou resultados compatíveis com a legislação, demonstrando que a temperatura e o tempo de aquecimento, foram suficientes para reduzir a carga microbiana.
Os danos causados às proteínas, pelo processamento, foram observados através das perdas de lisina, por sua importância nutricional e ser o aminoácido mais danificado no processamento e estocagem dos alimentos e através das perdas de metionina, por ser limitante na caseína.
Os resultados referem-se às médias de três determinações. Dos resultados obtidos, os teores de lisina e metionina disponíveis, em g/g de N, foram respectivamente,
para o queijo fundido: 0,30 ± 0,03 e 0,16 ± 0,01;
para o queijo coalho: 0,57 ± 0,04 e 0,20 ± 0,01;
para o queijo prato: 0,55 ± 0,04 e 0,19 ± 0,01;
para o requeijão do norte: 0,52 ± 0,04 e 0,18± 0,01.
No queijo de coalho, os teores de lisina e metionina estão dentro dos referidos pela FAO.
Na comparação entre os queijos:
prato x fundido, p<0,001 em relação a lisina e p< 0,01 em relação a metionina;
entre os queijos: coalho x fundido, para ambos, lisina e metionina, p< 0,001;
entre os queijos: requeijão do norte x fundido com p< 0,001 para lisina e não significativo para metionina.
CONCLUSÃO
A adição dos sais emulsificantes parece favorecer a perda de lisina.
O queijo fundido mostrou-se inferior aos demais tipos de queijos estudados, apresentando menor biodisponibilidade de lisina e metionina.
Apresentado e publicado nos anais do IV CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO- 1996
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