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Este blog foi criado em 02 de dezembro de 2009,
como suporte aos meus alunos, contudo, estou aposentada desde 10 de março de 2012, sem atividade de ensino, não tendo mais interesse de desenvolver alguns assuntos aqui postados. Continuo com o blog porque hoje está com > 237.000 visitantes de diversos lugares do mundo. Bem-vindo ao nosso ambiente virtual. Retorne com comentários e perguntas: lucitojal@gmail.com.
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São muitas as postagens, cerca de 400, veja a lista de marcadores no lado direito do blog.

Falo sobre composição, valor nutritivo dos alimentos e biodisponibilidade dos nutrientes. Interações entre nutrientes: reação de Maillard e outras reações com proteínas, principalmente AGEs (Advanced Glycation End Products) e a relação desses compostos com as doenças crônicas: Diabetes, Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares entre outras. Atualmente, dedico-me mais ao conhecimento dos AGEs (glicação das proteínas dos alimentos e in vivo).

"Os AGEs (produtos de glicação) atacam praticamente todas as partes do corpo. É como se tivéssemos uma infecção de baixo grau, tendendo a agravar as células do sistema imunológico. O caminho com menos AGEs; escapa da epidemiologia dos excessos de alimentação" disse Vlassara. http://theage-lessway.com/

ATENÇÃO: A sigla AGEs não significa ácidos graxos essenciais.

Consulte também o http://lucitojalseara.blogspot.com/ Alimentos: Produtos da glicação avançada (AGEs) e Doenças crônicas.

sábado, 22 de maio de 2010

196- Soja - Controvérsias

Solicito ler e comentar
Entrevista com Sonia Hirsch, pesquisadora, jornalista e escritora especializada em promoção da saúde. O lado maravilhoso da soja. Publicado em novembro 15, 2009 por zhannko.
-"Nunca fui a favor da soja, a não ser nas formas fermentadas: misso, shoyu, tempê, natô. Já no meu primeiro livro, Prato feito, que é de 1983, aviso que a soja não deve ser consumida como feijão."
Tofu é bom de vez em quando, porque parte da acidez da soja sai no soro. O tofu é feito de leite de soja talhado. Funciona muito bem para substituir o queijo quando a gente está querendo parar de comer laticínios, mas não dá para abusar.
Porque o consumo liberal de soja é muito prejudicial à saúde, tanto em forma de comida e bebida quanto em fórmulas farmacêuticas para suplementação hormonal.
a soja, que é uma leguminosa como todos os feijões, é também muito rica em nitrogênio, elemento essencial para a fertilidade do solo. Plantar a soja entre as outras culturas e cortá-la quando as favas de feijão se formam, deixando-a apodrecer no solo, traz o maior benefício para a lavoura. Sem ela a terra se esgotaria. Como alimento, porém, ela tem inúmeros inconvenientes. Como todos os feijões, mas muito mais acentuados.
A soja contém altos níveis de ácido fítico, ou fitatos, que reduzem a assimilação de cálcio, magnésio, cobre, ferro e zinco em adultos e crianças, prejudicando a saúde e o crescimento. E os métodos convencionais, como deixar de molho, germinar os grãos ou cozinhar longamente em fogo baixo, não neutralizam o ácido fítico da soja; somente a fermentação tem esse poder. Dois: a soja contém inibidores de tripsina que interferem na digestão das proteínas e podem causar distúrbios pancreáticos e retardo no crescimento. Três: desde 1953 é conhecido o impacto negativo das isoflavonas sobre a saúde humana. A esse respeito, você encontra uma lista de 150 estudos científicos que não podem ser ignorados em www.westonaprice.org/soy/dangersisoflavones.
Os fitoestrógenos da soja atrapalham as funções endócrinas, têm o potencial de causar infertilidade e de promover câncer de seio em mulheres adultas. São poderosos agentes inibidores da tiróide, causando hipotiroidismo e podendo provocar câncer de tiróide.
As brasileiras estão ingerindo por dia 150 mg de isoflavonas (genisteína, genistina, daidzaína) em cápsulas, ou seja, dez vezes mais do que a média das japoneses consome.
A proteína é tão desnaturada, já que é processada em alta temperatura até virar proteína isolada de soja, proteína vegetal texturizada. O processamento da proteína de soja resulta na formação da tóxica lisinoalanina e das altamente carcinogênicas nitrosaminas. Fora um conteúdo extra de alumínio em grande quantidade - e o alumínio é tóxico para o sistema nervoso, para os rins, para a medula óssea...
O ácido glutâmico livre, MSG, GMS, glutamato monossódico ou simplesmente glutamato de sódio, é uma poderosa neurotoxina formada naturalmente durante o processamento da soja. Estimula a tal ponto nossos receptores de sabor no cérebro que pode matar neurônios. São documentados os casos de morte súbita por excitotoxinas, outro apelido dessas neurotoxinas, entre as quais se inclui o aspartame. Ainda assim, esse derivado da soja está espalhado por inúmeros produtos industrializados (bem como o aspartame). E nos próprios alimentos à base de soja, mais glutamato é adicionado para realçar o sabor sem que seja preciso avisar no rótulo, já que se trata de um derivado "natural" da soja, então a lei dispensa.

Algumas Bibliografias:
Hanson et al. -Effects of soy isoflavones and phytate on homocysteine, C-reactive protein, and iron status in postmenopausal women. Am J Clin Nutr. 2006;84:774–80.
Bosch et al. Simultaneous analysis of lysine, N-carboxymethyllysine and lysinoalanine from proteins. Journal of Chromatography B. 2007; 860: 69–77.

CARVALHO MRB et al. Avaliação da atividade dos inibidores de tripsina após digestão enzimática em grãos de soja tratados termicamente. Rev. Nutr., Campinas, 2002; 15(3):267-72, set./dez.

Conclui que com o aquecimento, a inativação dos inibidores provavelmente ocorre por complexação com os componentes do grão, o que leva à recuperação da atividade com o processo de digestão enzimática.

KUNITZ M. THE KINETICS AND THERMODYNAMICS OF REVERSIBLE DENATURATION OF CRYSTALLINE SOYBEAN TRYPSIN INHIBITOR. The Journal of General Physiology.

CASO DA SOJA - Nut. Dra Elaine de Azevedo
Alta produtividade e presença maciça nos alimentos industrializados (60% EUA). Inúmeras pesquisas científicas apontando variados benefícios para a saúde: promoção saúde cardiovascular; prevenção de câncer; atenuação sintomas da menopausa.
A controvérsia (e os riscos): contra-indicações ao consumo regular de soja não-fermentada baseado em pesquisas científicas “contra”.

Presença de fitatos e oxalatos, fatores antinutricionais desativadores de enzimas e inibidores de crescimento; fitohormônios ação estrogênica natural que podem causar infertilidade, câncer e desordens na tireóide.
Enquanto as controvérsias não são dissolvidas e o risco real não é detectado, o final deste dilema científico termina sempre na mesma recomendação: mais estudos devem ser realizados.
Diante da inconclusividade e falta de conhecimento dessa complexa arena, a indústria de alimentos seleciona os estudos que lhe convém para fazer a sua parte de estímulo à venda de consumidores e de sensibilização de especialistas da área da saúde desinformados (entrevistas tese)
A melhor estratégia de marketing para um produto alimentar atualmente é ter um parecer sobre saúde.
RISCOS SOCIOAMBIENTAIS
A adoção de práticas agrícolas de grande impacto ambiental na produção da leguminosa, a monocultura, o uso de insumos sintéticos em larga escala, a maciça mecanização e uso de transgênicos.
Repercussões ambientais
Sobre a fertilidade do solo; na diversidade biológica da flora e da fauna; na poluição de recursos hídricos; na destruição das florestas para dinamizar áreas de plantio; no desequilíbrio do clima e, mais recentemente no uso de sementes transgênicas, com conseqüências sobre os habitats naturais e a saúde e qualidade de vida dos seres humanos.
Quão saudável é um alimento que promove a poluição ambiental, a perda da biodiversidade e a exclusão social?
FDA e DuPont :exemplo de reducionismo na pesquisa e ação política. Petição para isoflavona na hipercolesteronemia e estudos financiados pela Du Pont
Relatório do governo britânico que adverte em relação aos efeitos adversos das isoflavonas.
Troca da isoflavona para proteína. Contestação do National Center for Toxicological Research.
Rotulagem permitida, aumento de vendas, consagração como alimento funcional “bom
para o coração” (FDA, 1999)
CONTEXTO POLÍTICO – EUA
O Soy Health Research Program (programa mantido pelo United Soybean Board) estimula a
pesquisa científica através da oferta de bolsas de até U$10 mil para pesquisadores
qualificados que se proponham a estudar o consumo de soja e seu impacto sobre a saúde
U$4 milhões investidos para pesquisa em soja A maioria dos estados tem seu próprio centro de pesquisas (State Soybean Boards) que financia estudos na área de soja e saúde humana, bem como empresas da área (FALLON; ENIG, 2000).
Controvérsias nas pesquisas.
Ressaltam que a pergunta “em quem acreditar?” não leva a lugar nenhum, pois ela trata somente de cientistas em desacordo.
Para tomar uma decisão sobre ingerir ou não soja, precisamos realmente conhecer as relações entre especialistas, os políticos, a mídia, os bastidores da ciência.
Ai então a escolha é possível e mais consciente.

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