Os produtos de glicação são formados em excesso, principalmente durante o envelhecimento e o diabetes mellitus (DM). No caso do DM, uma das consequências prejudiciais da hiperglicemia crônica e do constante estresse oxidativo, causados por um controle glicêmico inadequado, é a formação acelerados dos AGEs in vivo, via reação de Maillard (lapolla et al., 2005).Esta hiperglicemia crônica pode resultar em um significante acúmulo de AGEs em certas proteínas de vida longa como as do cristalino. O cristalino está sujeito a uma progressiva modificação por AGEs, ocorrendo um escurecimento lenticular e acúmulo de ligações cruzadas (Monnier et al., 1981) O resultado dessa opacificação é a formação de cataratas, processo associado com diabetes e envelhecimento.
Os AGEs acumulam-se em proteìnas da matriz extracelular, como no processo fisiológico de envelhecimento (Frye et al., 1998); entretanto, isso ocorre mais rapidamente em indivíduos com diabetes mellitus do que em indivíduos não diabéticos (Schleicher et al., 1997). Também foi demonstrado que há uma grande correlação entre a importância dos depósitos de AGEs e a severidade das complicações diabéticas (Brownlee et al., 2001).
Portanto, a formação e o acúmulo de AGEs são características em tecidos de indivíduos mais idosos (envelhecimento e em pacientes com diabetes mellitus, sendo que esses produtos estão implicados com a patogênese das complicações micro e macrovasculares no diabetes (Brownlee, 2001). A disfunção microvascular, incluindo o espessamento da membrana basal, aumento da permeabilidade vascular estado prè-trombótico, e redução de fluxo sanguíneo, é uma característica onipresente na doença microvascular da retina, rins e nervos periféricos (Singh et al., 2001).
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