Passos iniciais para a formação de AGEs e outras alterações de proteínas.
Em 1997, com a
descoberta das propriedades tóxicas dos AGEs dietéticos, denominados glicotoxinas,
despontou o interesse pela repercussão da dieta no desenvolvimento das doenças
crônicas, através dos estudos de Koschinsky et al. (2007). Naquela ocasião, testando a digestão
e absorção de ovo cozido com frutose, a 90°C por 1-3 h, em 38
pacientes diabéticos, com ou sem doença renal, e cinco indivíduos
saudáveis, os autores chegaram
a conclusão que 10% dos AGEs eram absorvidos para a circulação, e, desta cota,
apenas 30% eram excretados do corpo pelos rins. Atualmente, ainda que uma
conclusão definitiva a respeito não tenha sido alcançada, indica-se um
percentual ainda maior de aproveitamento dos AGEs a partir da dieta, chegando a
30%, em relação ao total desses compostos, e 80%, quando se trata da avaliação
de AGEs específicos.
A variedade de substâncias formadas e caracterizadas como
AGEs, e, por consequência, o método empregado para mensurá-las consistem em
especial dificuldade para a realização de estudos de absorção, que permitam uma
definição acerca do real impacto representado pela ingestão dos produtos de
glicação avançada. De qualquer modo, considerando-se a natureza tóxica desses
compostos, independente dos resultados desses estudos, as recomendações de
especialistas na área, se basearam, sempre, na minimização de seu consumo.
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