O envelhecimento é caracterizado por um declínio da integridade anatômica e funcional através dos múltiplos sistemas e órgãos e uma capacidade reduzida de resposta ao estresse. O declínio do sistema múltiplo está associado com o aumento de doença e o risco progressivo de morte. A velhice está associada com a disfunção progressiva da função mitocondrial, o aumento do estresse oxidativo e a ativação do sistema imune. Todos estes processos podem ser influenciados pela modificação da ingestão alimentar. Os AGEs, aumentando o estresse oxidativo e através de outros mecanismos, podem acelerar o declínio do sistema múltiplo que ocorre com o envelhecimento e, portanto, a ingestão reduzida e níveis baixos de AGEs circulantes podem promover o envelhecimento saudável e maior longevidade.
A dieta ocidental é rica em AGEs. AGEs são formados quando o alimento é processado em temperaturas elevadas, como durante a ação de fritar, grelhar, assar, chapa, utilização de processamento a alta temperatura para certos alimentos processados, tais como os produtos lácteos pasteurizados, queijos, embutidos e carnes processadas e cereais para o café da manhã.
Esses estudos epidemiológicos sugerem que adultos mais velhos (idosos) com elevada circulação CML, um bem caracterizado AGE, estão em maior risco de rigidez arterial, doença renal crônica, anemia, força da musculatura esquelética e desempenho físico pobres, cardiovascular e mortalidade por todas as causas.
AGEs formam ligações cruzadas covalentes com proteínas e aumentam o estresse oxidativo e elevam a inflamação. AGEs aumentam o estresse oxidativo e a inflamação através da ligação com o receptor dos produtos finais da glicação avançada (RAGE). RAGE é mais abundante no coração, pulmão e músculo esquelético. A via de sinalização pelo RAGE pode ser iniciada por um repertório diversificado de ligantes pró-inflamatórios que incluem AGEs, S100/calgranulinas, anfoterina, e o peptídeo beta-amilóide. O envelhecimento humano está associado a um enrijecimento dos tecidos que são ricos em proteínas de vida longa, da matriz extracelular tais como o músculo esquelético, tendões, articulações, ossos, coração, artérias, pulmões, pele e lente.
O aduto CML de AGEs tem sido identificado como um sinal de transdução do ligante ao RAGE. Ligando com o RAGE desencadeia a indução do aumento das espécies reativas de oxigênio, ativa a NADPH oxidase, aumenta a expressão de moléculas de adesão,e regula para cima a inflamação através da NF-kB e outras vias de sinalização.
Os mediadores inflamatórios que são upregulated através do AGEs e da via NF-kB incluem um fator de necrose tumoral, interleucina-6 e proteína C-reativa.
O envelhecimento está associado com o aumento da deposição de AGEs e aumento da expressão de RAGE no miocárdio.
Mulheres idosas com deficiência que vivem na comunidade, em Baltimore, tinham níveis séricos elevados CML e estavam em maior risco de mortalidade por doença cardiovascular.
Semba RD, Ferrucci L, Sun K, et al. Advanced glycation end products and their circulating receptors predict cardiovascular disease mortality in older community-dwelling women. Aging Clin Exp Res. 2009;21:182–190.
Entre os adultos, 65 anos, no estudo InCHIANTI na Itália, CML plasmática elevada foi um fator de risco independente tanto para todas as causas de mortalidade e doença cardiovascular.
Semba RD, Bandinelli S, Sun K, Guralnik JM, Ferrucci L. Plasma carboxymethyl-lysine, and advanced glycation end product, and all-cause and cardiovascular disease mortality in older community-dwelling adults. J Am Geriatr Soc. 2009;57:1874–1880
Elevada pentosidina no soro foi associado com prevalência de fraturas vertebrais em mulheres pós-menopáusicas com diabetes.
Yamamoto M, Yamaguchi T, Yamauchi M, Yano S, Sugimoto T. Serum pentosidine levels are positively associated with the presence of vertebral fractures in postmenopausal women with type 2 diabetes. J Clin Endocrinol Metab. 2008;93:1013–1019.
No Estudo da Saúde, Envelhecimento e Composição Corporal, os adultos mais velhos com níveis elevados de pentosidina urinária estavam em um risco aumentado de desenvolvimento de fraturas.
Schwartz AV, Garnero P, Hillier TA, et al. Pentosidine and increased fracture risk in older adults with type 2 diabetes. J Clin Endocrinol Metab. 2009;94:2380–2386.
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