Rigor Mortis - Conversão do músculo em carne
Mesmo após a morte do animal a musculatura ainda permanece "viva", sendo que somente após um conjunto de reações bioquímicas e biofísicas é que o músculo transforma-se em carne.
Contração muscular
O músculo em um animal vivo se contrai por um processo de gasto/recuperação de energia sob condição aeróbica (presença de oxigênio).
http://paraiso.etfto.gov.br/docente/admin/upload/docs_upload/material_f83313eb25.pdf
http://paraiso.etfto.gov.br/docente/admin/upload/docs_upload/material_f83313eb25.pdf
Apesar disso, o processo de contração é possível em condições anaeróbicas; essa forma, no entanto, só é utilizada sob condições anormais, por ser pouco eficiente.
Com a morte e, por conseqüência, com a falência sangüínea, o aporte de oxigênio e o controle nervoso deixam de chegar à musculatura. O músculo passa a utilizar a via anaeróbica, para obter energia para um processo contrátil desorganizado; nesse processo há transformação de glicogênio em glicose, e como a glicólise é anaeróbica, gera lactato e verifica-se a queda do pH.
Com o gasto dos depósitos energéticos, o processo contrátil tende a cessar formando um complexo irreversível denominado de acto-miosina. Nesse estado, a musculatura atinge o rigor mortis, ou seja, os músculos transformam-se em carne.
Um dos aspectos mais marcantes da transformação do músculo em carne é a queda do pH, inclusive, a ponto de determinar a futura qualidade da carne.
Rigor pelo descongelamento: quando um músculo congela antes de atingir o rigor mortis, posteriormente, quando do descongelamento ocorre o encurtamento pelo frio e uma excessiva perda de suco.
TRANSFORMAÇÕES PÓS ABATE
São dependentes:
- dos tratamentos ante-mortem;
- do animal;
- do processo de abate;
- das técnicas de processamento e armazenamento.
Três fases: pré-rigor; rigor-mortis; pós-rigor
Pré-rigor
Imediatamente após abate:
- Tecido ainda está macio.
- Cessa circulação sanguínea (sangria).
- Cessa a respiração aeróbica.
- Redução na produção de ATP: glicólise, fosfocreatina;
- pH inicial de 6,9 a 7,2.
- Ca++ ainda transportado para retículo sarcoplasmático.
- Rigor-mortis
- Estabelecimento / duração: diretamente relacionado com valor de pH.
- Perda de elasticidade.
- Músculo em condição rígida e dura: actomiosina.
- fadiga,
- estado nutricional,
- espécie (susceptibilidade a stress);
- temperatura post-mortem;
- localização anatômica do músculo; etc.
- Consiste na manutenção da carne fresca à temperatura acima do ponto de congelamento, tornando-a sensorialmente aceitável.
- Alteração principal: enfraquecimento e degradação gradual da linha Z, resultantes da ação de sistemas proteolíticos (catepsinas).
- Diminuição na rigidez e aumento gradativo da maciez.
Umas das melhores e mais didaticas explicações que ja vi. Está de parabens!
ResponderExcluirEssas informações me ajudaram muito! Parabéns pelas descrições!!!!
ResponderExcluirFico feliz em poder repassar informações úteis.
ResponderExcluirPodem solicitar alguma, se tiver ao meu alcance...
MIM AJUDOU MUITO ESSA INFORMAÇOES ESTAO BEM CLARAS E ÚTEIS.PARABENS
ResponderExcluirIzabel que explicação excelente a melhor que já tive.
ResponderExcluir23/06/20
oLÁ
ResponderExcluirAMEI SEU BLOG ESTÁ DE PARABÉNS.
ABRAÇOS
sua explicaçao esta de parabens.
ResponderExcluirvc tirou essas informaçoes dos artigos da embrapa?
foi
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu papel é passar as explicações dos pesquisadores sobre o assunto. O objetivo inicial deste blog foi suprir a deficiência em bibliografia da nossa universidade para a disciplina de Bromatologia II do curso de Nutrição.
ResponderExcluirDesculpem-me que só agora observei que o primeiro gráfico estava sem link. Rapidamente encontrei este:
http://paraiso.etfto.gov.br/docente/admin/upload/docs_upload/material_f83313eb25.pdf.
Vou procurar mais para colocar alguma bibliografia complementar.
Minha área específica é sobre produtos de glicação avançada (AGEs) e aminas heterocíclicas aromáticas. Aí sim, posso dar as explicações necessárias.
Grata pela postagem. Luci
Muito bom o material!!
ResponderExcluirFoi de grande utilidade!
Muito obrigada. Me ajudou muiiito..
ResponderExcluirGrata por ter comentado, agora que estou aposentada preciso de estímulo para continuar colocando postagem no blog. Quando desejar identifique-se.
ResponderExcluirMe tirou muitas dúvidas, Obrigada, Parabéns!!
ResponderExcluirOlá, gostei muito de seu artigo. Estou procurando artigos para este tema,sobre rigor mortis, seu artigo de todos que vi foi o mais claro.Tenho um trabalho acadêmico muito importante para apresentar sobre este assunto,gostaria portanto de poder apresentar este trabalho através de sua referência,porém preciso obter informações científicas se você puder estar me ajudando entre em contato.
ResponderExcluirMeu email é marcela.coutt@hotmail.com
Obrigada.
Muito bom!!!!
ResponderExcluirEu como aluna da área de alimentos fico muito feliz!!!
coloborou muito com minha pesquisa sobre o assunto###
Oi, eu gostaria de tirar uma dúvida.
ResponderExcluirPor que não é recomendado ingerir carne no pré-rigor?
Obrigada
muito bom,dei o maior valor,valeu....
ResponderExcluirRealmente, muito esclarecedor e objetivo.
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