Canal de comunicação com os leitores:

Este blog foi criado em 02 de dezembro de 2009,
como suporte aos meus alunos, contudo, estou aposentada desde 10 de março de 2012, sem atividade de ensino, não tendo mais interesse de desenvolver alguns assuntos aqui postados. Continuo com o blog porque hoje está com > 237.000 visitantes de diversos lugares do mundo. Bem-vindo ao nosso ambiente virtual. Retorne com comentários e perguntas: lucitojal@gmail.com.
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Tenho 17 vídeos no youtube: lucitojaleseara.

São muitas as postagens, cerca de 400, veja a lista de marcadores no lado direito do blog.

Falo sobre composição, valor nutritivo dos alimentos e biodisponibilidade dos nutrientes. Interações entre nutrientes: reação de Maillard e outras reações com proteínas, principalmente AGEs (Advanced Glycation End Products) e a relação desses compostos com as doenças crônicas: Diabetes, Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares entre outras. Atualmente, dedico-me mais ao conhecimento dos AGEs (glicação das proteínas dos alimentos e in vivo).

"Os AGEs (produtos de glicação) atacam praticamente todas as partes do corpo. É como se tivéssemos uma infecção de baixo grau, tendendo a agravar as células do sistema imunológico. O caminho com menos AGEs; escapa da epidemiologia dos excessos de alimentação" disse Vlassara. http://theage-lessway.com/

ATENÇÃO: A sigla AGEs não significa ácidos graxos essenciais.

Consulte também o http://lucitojalseara.blogspot.com/ Alimentos: Produtos da glicação avançada (AGEs) e Doenças crônicas.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

376- AGEs como parâmetros de medida de doenças



Os Produtos finais da glicação avançada (AGEs) utilizados como marcadores de doença microvascular em Diabetes, tipo I, 15 junho, 2012.
Vincent Monnier, mostra neste vídeo os marcadores adequados para 
detectar as ligações cruzadas entre os produtos da glicação- AGEs e
o colágeno.
Glucosepane é um preditor mais forte da retinopatia diabética complicações microvaculares que a furosina e permanece assim depois de todos os ajustes em relação a glicemia e outros fatores de risco.  
O Metilglioxal é um forte preditor da neuropatia, como a furosina, e permanece  assim depois de todos os ajustes. Ocorre desenvolvimento do Metilglioxal em neuropatia e disfunção celular endotelial.
Frutose-lisina e glucosepane são esperados  ser co-mediadores da retinopatia diabética, por ex., pelo dano a matrix extracelular e células danificadas ligadas a matrix rica em AGE. 



Atualmente são conhecidos diferentes tipos de AGEs, sendo classificados de acordo com a sua origem. Takeuchi et al., (2004), reconheceram seis classes distintas de AGEs: 
Os derivados de glicose (AGE-1)
Os derivados de outros carboidratos, como os de gliceraldeido (AGE-2)
Os de alfa dicarbonila, como os glicoaldeídos (AGE-3)
Os três últimos são formados na glicação de proteínas por glicose:
Metilglioxal (AGE- 4) tb formado pela fragmentação de trioses fosfato e pelo catabolismo da acetona e de treonina;
Glioxal (AGE-5) tb formado na peroxidação de lipídeos;
3-deoxiglicosona (AGE- 6) tb formada a partir de glicose-3-fosfato.
Júnia Porto com Vicent Monnier e Timo Butler, em Nancy - França.





375- Glicação como um fator de risco para o envelhecimento


Na formação de AGEs, que é uma reação não enzimática a partir de dicarbonilas e grupamento amina das proteínas, pode, anteriormente, ocorrer reações enzimáticas para a formação dos compostos dicarbonílicos: tais como, Glioxal, Glicoaldeído, Metilglioxal e 3-deoxiglicosona. 
Isto pode ser observado na figura acima, quando os AGEs: CML, CEL, MOLD, GOLD, CMA, GA-piridina, MG-imidazolona, Argpirimidina, Pirralina, 3DG-imidazolona, etc, são formados a partir dos aldeídos citados acima.
Em alguns casos, a glicação está envolvida não somente com a glicose, mas também com compostos formados pela glicação por outros compostos já formados por glicoxidação. A partir da glicose, a via não oxidativa pode gerar a pirralina; na via oxidativa pode gerar a pentosidina e N-6-carboximetilisina (Niwa, 1999).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

374- Vídeos sobre AGEs 2011 e 2012 - Produtos de glicação avançada

http://lucitojalseara.blogspot.com.br/

Alimentação e Saúde. Formação de Produtos de Glicação Avançada - PGA ou AGEs.
No link acima coloquei 3 vídeos dos pesquisadores: Vincent Monnier e Paul Thornalley
Convido você a assistir tais vídeos. 

http://www.youtube.com/watch?v=tYLC63zVf6Q 

http://www.youtube.com/watch?v=lnGK0auyj1Y 

http://www.youtube.com/watch?v=Lrnc6q0MVyI 

373- Centenário da descoberta da reação de Maillard até os AGEs


Centenário da descoberta da reação de Maillard, que hoje tem um interesse cada vez maior devido ao seu impacto sobre questões de atratividade de alimentos e saúde em geral.
Economicamente, o impacto da reação de Maillard é crucial para as ciências médicas, bem como para as indústrias alimentar e farmacêutica.
A ainda há muito a ser descoberto sobre a química de produtos de Maillard e seus efeitos sobre alimentação e saúde.
A combinação de todos estes aspectos irão fazer parte da reunião deste ano do Simpósio Internacional sobre a reação de Maillard nos campos da medicina e aplicações em alimentos.
Nancy, September 16 -20, 2012



A reação que ocorre no processo de Maillard difere de outros dois processos de escurecimento não enzimático, aquele conhecido como caramelização, em que ocorre a desidratação, condensação e polimerização do carboidrato, e a degradação do ácido ascórbico a ácido dehidroascórbico, ambos levando à formação de polímeros escuros, sem o envolvimento de nitrogênio e, portanto, de proteínas. 
Na figura acima podemos ver a glicação proteica, conhecida como Reação de Maillard, ocorrendo entre açúcares redutores e grupos amino livres da proteína, via adição nucleofílica, formando bases de Shiff. Essas bases são rearranjadas para uma forma mais estável e essencialmente irreversível, chamada de produtos de Amadori. Durante esta reorganização, grupos intermediários carbonila são acumulados. Estes compostos são conhecidos como alfa-dicarbonilas ou oxaldeídos, incluindo a 3-deoxiglicosona e metilglioxal (Baynes e Thorpe, 1999). As alfa-dicarbonilas tem a habilidade de reagir com grupos amino, sulfidrila e guanidina em proteínas (Lo et al., 1994;  Frye et al., 1998). As alfa-dicarbonilas podem também reagir com grupos lisina e arginina de proteínas, formando compostos estáveis como os aductos N-(carboximetil)lisina (Basta et al., 2008).
Devido à heterogeneidade das estruturas formadas, denominadas AGEs, podem ocorrer formação de ligações cruzadas. As proteínas afetadas por este processo, geralmente, são estáveis e de longa vida como o colágeno. A formação das ligações cruzadas induzida por ligações de AGEs aumenta a rigidez da matriz proteica, impedindo seu funcionamento, bem como aumenta a resistência à remoção por processos proteolíticos, afetando o processo de reposição tecidual. Esses processos permitem o avançar do envelhecimento e aceleram as doenças relacionadas a idade (Paul e Bailey, 1999).


terça-feira, 21 de agosto de 2012

372- Cura da obesidade? Papel dos AGEs

Será que a ciência começa a desvendar o caminho mais rápido para a cura da obesidade? Expor o corpo a temperaturas baixas, ou seja, treinar no frio de 13 a 18°C, fazer exercícios de repetição por tempo prolongado faz aumentar no organismo o hormônio irisina e mais recente o ácido ursólico encontrado na casca da maçã são todos estímulos para a ativação da gordura marrom. Pensando diretamente na Nutrição agora é hora de comermos mais maçã com casca não só pela descoberta em relação à gordura, mas, também pela grande quantidade de quercetina que é um potente flavonóide antioxidante e antiinflamatório. Gordura em excesso gera um processo inflamatório no corpo. É começar a pensar por aí.....Sendo que, é importante lembrar das diversas substâncias encontradas nos alimentos que também interferem no gasto calórico contribuindo com o emagrecimento. Ou melhor, pensar em ajuda profissional urgente! Ou seja, pensar na sua saúde!!
Parabéns a nossa colega Fabiana Accioly pelo seu blog.

http://www.minutosaude.com.br/index.php/blog/nutricao-por-fabiana-accioly

Baixo grau de inflamação é uma característica do estado obeso, e tecido adiposo liberta muitos mediadores inflamatórios. A fonte destes mediadores no tecido adiposo não é clara, mas os macrófagos infiltrantes parecem ser particularmente importante, através dos adipócitos que desempenham um papel. As pessoas obesas têm maiores concentrações circulantes de muitos marcadores inflamatórios do que as pessoas magras fazer, e estes são acreditados ter um papel na resistência à insulina e outros distúrbios metabólicos. As concentrações sanguíneas de marcadores inflamatórios são reduzidos após perda de peso. Nas horas seguintes ao consumo de uma refeição, há uma elevação nas concentrações de mediadores inflamatórios na corrente sanguínea, o que é exagerado em indivíduos obesos e diabéticos tipo 2. Ambas as dietas de glicose alta e alto teor de gordura podem induzir inflamação pós-prandial, e este é exagerado por uma refeição com elevado teor de produtos de glicação avançada (AGE) e, em parte, pela inclusão de ablação certos antioxidantes ou anti-oxidantes que contêm os alimentos na refeição. Padrões alimentares saudáveis ​​estão associados com menores concentrações circulantes de marcadores inflamatórios. Entre os componentes de uma dieta saudável, grãos integrais, vegetais e frutas e peixes são todos associados com menor inflamação. AGE estão associadas ao estresse oxidativo maior e inflamação. SFA e trans-insaturadas são pró-inflamatórias, ao passo que PUFA, especialmente de cadeia longa ômega-3 PUFA, são anti-inflamatórias. Hiperglicemia pós-prandial e induz tanto inflamação crônica de baixo grau. Vitamina C, vitamina E e carotenóides diminui as concentrações circulantes de marcadores inflamatórios. Mecanismos potenciais são descritos e as lacunas da investigação, o que limita a nossa compreensão da interação entre dieta e pós-prandial e inflamação crônica de baixo grau, são identificados.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

371- Vídeo sobre AGEs



A relação da Reação de Maillard, in vivo, e a fisiologia do envelhecimento foi estudada por Monnier e Cerami, em 1981. Contudo, o termo AGEs, como produtos da glicosilação avançada e, mais tarde, produtos finais da glicação avançada, foi usado em 1984, por Brownlee, Vlassara e Cerami.
A descoberta do primeiro AGE formado in vivo, denominado CML (carboximetil-lisina), ocorreu em 1986. A formação de outro AGE, também in vivo, a pentosidina, foi reconhecida em 1990.No ano seguinte, novos termos, como glicoxidação, foram introduzidos na literatura.
Os estudos em humanos tornaram-se acelerados, após a descoberta do RAGE (receptor para AGEs), em 1992


Glucosepane é um preditor mais forte da retinopatia diabética complicações microvaculares que a furosina e permanece assim depois de todos os ajustes em relação a glicemia e outros fatores de risco.